—De novo um sonho sobre aquela vez. Com apenas sua consciência flutuando no cenário do passado, Basara percebeu que estava dormindo. Vermelho profundo. Os olhos loucos com esta cor olhara para Basara.
Vozes furiosas de uma grande multidão. O choro de um precioso amigo no fundo.
Em meio a isso, uma silhueta escura se aproximava vagarosamente.
"———"
Sem saber onde estava, ele tinha que fazer algo — foi isso que pensou.
Mas a mente de Basara chegou no limite com essa tragédia acontecendo diante de seus olhos.
E no momento seguinte a visão de Basara esbranqueceu.
Sua consciência lentamente desapareceu. Ele não sabia se estava salvo ou não.
Só que— Basara havia ouvido gritos de um amigo no final.
Toujou Basara não esqueceu daquelas palavras até agora. O grito de choro de uma mulher se repetia infinitamente. Assim como uma maldição — ela dizia: "Por favor, devolva aquela criança".
Parte 2
"Hah... Hah..."
Basara abriu os olhos e respirou fundo. Enquanto olhava para o teto, percebeu que tinha acordado. Tomando fôlego, acalmou-se perante a situação.
...Não importa quantas vezes eu sonhe com aquilo, eu simplesmente não consigo me acostumar com isso...
Deitado em sua cama, levou sua mão direita à sua cabeça.
“É... De alguma forma, ainda está difícil respirar.”
Embora tivesse despertado de seu sonho, não podia respirar apropriadamente.
“Ah---Você finalmente acordou.”
Uma voz repentina. Quando ele baixou o olhar, em cima de seu cobertor de verão que ele usou em vez de um colcha simples, uma garota sentava-se em Basara, entorno de seus quadris com este entre as coxas dela. Ela colocou as mãos sobre o peito e pareceu estar assustada. Essa garota - Naruse Mio - olhou para Basara.
“Bom dia.” “...dia” Basara devolveu o cumprimento sem nem pensar. Ou Mio era muito leve, ou devido ao seu cobertor ele não podia sentir o peso dela muito bem. Foi essa percepção realista que fez Basara se tocar perante a situação.
— E foi assim que, a partir de ontem, ambos começaram a viver juntos.
A agência de mudanças requisitou um pagamento extra para que pudessem empacotar e trazer as coisas.
O trabalho era bom e ágil. Faz uma semana desde que eles se encontraram no restaurante.
As famílias Toujou e Naruse começaram a viver juntas após alugarem uma casa.
“É... O que você está fazendo?”
“O quê? Acordando você, é claro. Eu pensei que garotos ficassem felizes com isso”
Perante a pergunta involuntária de Basara, Mio sorriu e disse “É um serviço”.
Muito provavelmente, ela mesma tinha se destinado a fazer isso, mas aquilo era certamente um serviço.
Normalmente, ela se posicionaria sobre o seu busto, mas como ele já estava preenchido pelo cobertor, preferiu ficar sobre seu quadril, como na típica posição de vaqueira.
Além disso, no verão (estação atual), as roupas das meninas são as mais curtas do ano. O traje de Mio desta manhã foi uma camisola tipo top e shortinho. Suas pernas expostas proporcionaram aos olhos dele uma visão excêntrica da situação.
Mas o mais importante— Os olhos de Basara estavam atraídos para algum outro local.
...Eles com certeza são enormes.
Essa visão tem ficado em sua mente desde o dia em que ele a viu no restaurante. Os seios dela eram tão grandes. Suas voluptuosas curvas aderiam à camisola e às alças que percorriam-a.
Vários dedos poderiam tatear aquelas curvas, seus seios não poderiam ser ignorados, seu corpo estava completamente à amostra, fora da camisola.
“Ei, pare com isso e saia já daí.”
“T-Tá...” Ela poderia não ter notado, mas a cada vez que ela pressionava o busto de Basara, seus peitos balançavam e provocavam uma visão gloriosa.
Distraído, Basara não se movia.
“Ei, levante-se já ou...”
De repente, ela havia notado, sua expressão mudou, parecia reter alguma dúvida. Então, ela checou a súbita sensação com suas mãos.
“Ei, eu acho que senti alguma coisa dura.”
Oh não! Basara inclinou a cabeça e pensou se poderia ser o efeito daquela posição sobre seu quadril.
“Esse seria o fenômeno fisiológico que acontece apenas com os homens?”
“N-Não. O que será que é isso... talvez o meu celular?”
Sim, Basara lembrou o que era. Na noite passada ele não conseguia dormir, então ele jogou um jogo de video game portátil. Em algum momento ele caiu no sono, na verdade... só pode ser isso.
“Obrigado por ter vindo me acordar, mas você não está sentada sobre a minha barriga, está no meu quadril. Quando uma garota senta neste lugar, acontece algo estranho. Eu não sou responsável por isso.”
Mio ficou instantaneamente corada. Ela aparentemente conseguiu identificar o que estava causando aquela confusão. Ele tinha certeza de que ela sairia de cima dele e ficaria em pânico.
“É, eu não posso evitar, além do mais você é um garoto.”
Inesperadamente, ela resistiu. Não queria parecer emocionalmente inferior em relação a Basara. Mas era bem óbvio que ela estava bem agitada. Ela ficou tranquila quando as coisas pareciam andar da maneira que ela queria, mas ficou fraca com o inesperado. Então, para testá-la, Basara decidiu provocá-la um pouco.
“Então... acho que vou levantar.”
“O quê? Você vai?”
Basara disse “sim” para Mio, que imediatamente começou a ficar inquieta.
“Eu não posso ficar aqui para sempre, posso? Você se deu o trabalho de vir aqui me acordar.”
“Está bem... mas...”
Basara deu um sorriso torto para a frustrada Mio enquanto a fitava naquela posição.
“Se isso está causando problemas pra você, acorde-me normalmente da próxima vez, não sente em cima de mim.”
Foi um aviso bem sútil, mas ela ficou com uma expressão de frustração e vermelha.
“Eu-Eu não estou com problemas, isso aqui é apenas um fenômeno fisiológico.”
Ela estava se comportando de forma estranha. Basara tinha de pará-la.
“Va-Vamos lá, levante-se já!”
Ela agarrou o cobertor dele e puxou algo.
Após isso, algo veio instantaneamente de baixo do cobertor para fora - na direção de Mio.
“Eh...?”
Deixando o cobertor de lado, Mio o pegou. Não era um jogo de um videogame portátil nem um celular. Claramente, não era um fenômeno fisiológico também. Era algo extraordinário que veio de sua virilha e se atirou no ar. O que era? Os olhos de Basara caíram sobre uma caixa de plástico. Era algo parecido com um programa de edição de imagens, melhor, era algo próximo a um jogo normal. A parte de trás da capa estava virada para ele, então ele pôde ler o título.
O nome do produto com uma fofa garotinha na capa era:
“Edição Especial Juvenil: Minha irmazinhã e eu.”
Era um jogo sobre irmãzinhas.
“Ah... o quê?”
Mio arremessou o jogo sobre Basara e caiu da cama, ela havia perdido o equilíbrio por um momento.
“Ei, você está bem?”
Além disso, a caixa tinha virado de cabeça para baixo. Assim, Mio pôde ler o resumo do jogo que estava escrito na parte de trás. Tinham várias fotos em mosaico de garotas nuas e fofinhas.
Em suma, era um jogo erótico. Mais do que isso, era um jogo de simulação.
A suposta fresca atmosfera matutina se tornou momentaneamente o lugar mais estranho do mundo.
“Por-Por que isto está na minha cama?”
Basara tem quinze anos. Ele não se lembra de ter comprado tal coisa. Porém, enquanto Mio estava tremendo no chão,
“Vo-vo-você estava jogando esse jogo na noite em que começamos a viver juntos? Eu sabia! Você quer fazer com a gente as mesmas coisas do jogo, não é?”
“O que você quis dizer com “sabia”? Na verdade, não tem como eu ter...”
"Yah, ei...Kyaa!?" Quando Basara tentou explicar-se sobre o ocorrido enquanto tentava sair de sua cama, ele também perdeu o equilíbrio e caiu no chão. Sua parte inferior foi interrompida por Mio, caindo sobre ela.
“Ah...”
Como se estivesse sendo empurrado para baixo, seus rostos estavam próximos a uma distância que podia se notar pela respiração.
Tão perto que você hesitaria falar. O doce aroma de um garota no ar.
No momento em que eles se chocaram, as duas alças de sua camisola escorregaram para os braços e seus seios quase ficaram de fora. Ficaram tão perto de sair que a ponta estava quase visível.
Além disso, um dos joelhos de Basara estava entra as charmosas coxas que apareciam por causa do shortinho. E se ele se movesse um milímetro a mais, ele tocaria num lugar que não deveria adentrar.
Em um silêncio de alguns segundos que pareciam durar uma eternidade, incapaz de produzir até mesmo um som,
"Y..." "…Y?"
Mio finalmente disse algo e Basara reagiu.
“Seu pervertiiiiiiiiiiido!”
"Guaaaaaaah!?"
O joelho de Mio atingiu o solar plexus de Basara e enquanto ele estava um pouco atordoado, ela escapou do local. Na porta, ela se virou para Basara que estava contorcido no chão,
“Na-Na próxima vez que você fizer algo de estranho comigo, eu irei matá-lo cem vezes!”
Depois de toda a gritaria, ela deixou o quarto. Apenas Basara restara, contorcido no chão.
“Espera, isso foi um mal-entendido...”
Estendendo sua mão, ele murmurava gemendo, mas ninguém o ouvia.
Em cima da sua cama, a adorável ilustração da garota olhava para ele como se estivesse sendo sarcástica. A heroína da “Edição Especial Juvenil: Minha irmãzinha e eu.” dava um sorriso gentil.
“Pai, seu maldito. Colocando algo tão grosseiro na minha cama.”
Como estava de férias de verão, Basara desceu ao primeiro andar ainda de pijamas.
Na verdade, Jin estaria ferrado se Basara fosse odiado. Ele não se importaria se o casamento acabasse, não? Bem, independentemente da situação do casamento, ele não pode ficar com um caráter duvidoso só por causa de um mal-entendido.
“Pra começar, mais tarde tenho de acabar com esse mal-entendido corretamente.”
Quando ele abriu a porta da sala, um cheiro delicioso invadiu as suas narinas.
Especialmente o aroma de pão torrado que fez o seu estômago reagir.
“Ah, Basara-san. Bom dia.”
No fim do seu campo de visão, Maria, que estava cozinhando, o chamou.
“Ah, sim... Bom dia”
Basara abaixou sua cabeça um pouco. Aparentemente, Mio ainda não havia contado sobre o mal-entendido.
Jin e Mio não estavam na sala. Eles deveriam estar no banheiro ou se arrumando, Basara olhou a cozinha e...
Lá, ele podia ver perfeitamente Maria segurando uma grande frigideira com seu corpo pequenino.
Mesmo sendo a mais nova, Maria fazia todas as tarefas da casa, provavelmente pelo fato de não ir à escola. De qualquer forma, ela tem se vangloriado por ter lidado com todas as tarefas mesmo antes deles viverem juntos.
Maria vestia um avental branco com babados, como uma mulher recém-casada deveria parecer. Maria exalava um aspecto sexy com seu olhar e Basara parecia ficar incomodado.
Basara abriu a geladeira, pegou um copo no armário e começou a enchê-lo de leite,
“Por favor, espere mais um pouquinho, estou quase acabando!”
“Sim, então...PFFT?”
Basara imprudentemente deixou cair gotículas de leite de sua boca, o que deu origem a um arco-íris em pleno ar.
Isso é porque ele conseguiu vê-la em sua plenitude, ela havia se virado para encará-lo.
“Ah não, você derramou o leite. É manhã e você já está malicioso, Basara-san.”
Maria deu um sorriso calmo e chegou mais perto.
“Ei, Ei! Espere, Maria-chan!”
Basara colocou apressadamente suas mãos na frente para pará-la.
“Eh? O que foi?”
Maria inclinou sua cabeça. Ela agia docilmente como um pinguim. Isso o fez inclinar seu corpo também. Mas o mais importante...
“Voltando à questão, por que está vestido assim a essa hora da manhã?”
Basara reparou que, depois de tudo, ela estava nua, apenas com um avental. Nua de avental, apesar de já estarmos no século XXI.
Nada bom, ele tinha de se acalmar. Ela pareceria um pinguim. De alguma forma ele comparava a imagem de um pinguim com ela nua de avental. De alguma forma era semelhante.
“Ehm... algo de errado?”
Basara precisava pará-la, Maria deu uma giradinha mais uma vez. Porém, “...H- Hã?”
Maria estava propriamente vestida, ela estava com uma camisola e uma minissaia por baixo. Se apenas olhassem-a da frente, iria parecer realmente que ela estava nua. Então Maria,
“...Hohoho-n, Entendi.”
Quando ela olhou para si mesma, sorriu, ela tinha entendido o que havia deixado Basara tão frustrado.
“Você ainda é um adolescente, Basara-san... Foi muito estimulante pra você? Ficou excitado?”
Com certeza foi muito estimulante, mas de uma maneira bem patética.
“...Você imaginou algo estranho?” “Não, não.” “Por favor, fique excitado.” “Haha.”
Basara se perguntou se aquela conversa não estava muito esquisita para irmãos.
“Ah, sim. Mais cedo Mio-chan foi acordá-lo, como foi?”
“...Obrigado por aquilo, agora estou totalmente desperto.”
Ele não podia contar que tomou uma joelhada antes do café da manhã. Mas,
“Não, não, eu não quis dizer isso.”
Maria sacudiu suas mãos com aquilo e fez uma expressão séria,
“Aquele jogo que estava na sua cama, Mio-chan o viu?”
“Então foi vocêêêêêêêêê!!!”
Basara gritou de vez. Culpado encontrado. E pensar que seria a Maria.
“O que fez você colocar tal coisa lá?”
“O que fez? Deve ser porque você parece não está familiarizado com irmãzinhas.”
“Eu não tô afim de me familiarizar com aquilo! Além do mais, por que eu tenho de treinar?”
“Eh? M-Mas...”
Aí foi que Maria ficou aturdida.
“Exceto aquilo, não existem outros usos para uma irmãzinha, existe?”
“Existem! Na verdade, o que você quis dizer com “usos”?!”
Ah Deus. Ele sabia que nem mesmo irmãzinhas podem ser subestimadas, para onde Maria está levando a oneesan dela? Então Maria começou a mexer os punhos para cima e para baixo.
“M-Mas... o jogo parecia ser legal? No final sua irmãzinha se torna sua escrava apenas com abuso verbal, ela faz todos os tipos de coisas esquisitas e maliciosas. Então, acho que você deveria aprender, Basara-san.”
“Eu não me importo! Por que eu tenho que aprender algo como aquilo?!”
‘Eu-Eu quero dizer... Exceto para fazer todos os tipos de coisas esquisitas e maliciosas, uma irmãzinha dessas não precisa existir.
“Ela precisa! Muitas precisam!”
Peça desculpas para todas as irmãzinhas 3D e 2D. Não, mais do que isso,
“Ehm, Maria-san...?”
Enquanto se dirigia a ela educadamente, Basara começou a questioná-la. Ele não queria acreditar, mas havia uma possibilidade.
“Esse jogo... ele é seu?”
O que ele deveria fazer se o jogo fosse dela? Basara percebeu.
“Oh por favor, como poderia ser? Ainda estou no fundamental.”
Maria balançava suas mãos enquanto ria, hahaha.
“Você vai tomar conta de nós, Basara. Esse jogo é como um presente.”
“Esse é o pior jogo para um presente. Faça isso decentemente.”
“...você tá querendo dizer “o jogo não é o suficiente, dê-me um corpo de verdade”?
“Eh...?”
“Eu-Eu entendo. É constrangedor, mas se é isso o que você deseja, Basara-san...”
Na frente de Basara, com aqueles olhos em chamas, Maria tirou seu avental. Timidamente, ela colocou sua mão na saia e enrolou o avental. Enquanto ela fazia isso, ela mexia propositalmente.
“Uh- Uhm... Eu não estou acostumado com treinos, mas começar dessa maneira já de manhã é pesado, não?”
“Como se eu fizesse isso! Além disso, treinar por si mesmo não é algo imprudente por parte de uma estudante do fundamental?!”
“Mhm, sobre que vocês estão discutindo?” Era uma voz que vinha da porta da sala. Era Jin em seu pijama e com um jornal em baixo do seus braços. Basara tentou desesperadamente se desculpar, mas Maria corou suas bochechas antes que pudesse.
“Ehm... Na verdade, eu vou ter o meu primeiro treinamento com o Basara a partir de então.”
“Eu já disse, não vou---“
“—-Heee, então é isso.”
A seguir, Mio entrou na sala e olhou para Basara com se estivesse olhando uma besta.
“Mais cedo você me jogou no chão, agora você esta fazendo coisas estranhas com a Maria. Hee.”
“Não me faça parecer o menino mau. Minhas pernas ainda estão dormentes!”
E então Basara lembrou, “Ah sim”.
“Escuta, sobre aquele jogo de hoje mais cedo, a Maria tinha-
“Eh? Sobre o que você está falando?”
Ela ficou muda imediatamente.
“Eu não sei do que você está falando. Basara-san, por favor, não empurre as responsabilidades dos seus passatempos em mim.”
“Kuh... dando de desentendida agora?”
Ela colocou as mãos na cintura e agiu como antes, apenas para provocá-lo.
“Pai.... diga alguma coisa!”
Pai e filho tem vivido juntos por anos. Seu pensamento deveria ser conveniente. Jin havia sentado na mesa, nela, levantou a cabeça e viu o jornal “Hã?”, apoiou seu queixo com o braço e “Mhm”
“Entendo que você está animado com o fato de ter duas irmãzinhas fofinhas, mas, por favor, pare com isso.
“Não adiantou nada.”
Tão descontraído... Basara pensou: “Este era para ser meu lar, mas por que será que ele parece estar tão longe daqui?”
Parte 3
Ao iniciar uma nova vida juntos, existem coisas absolutamente necessárias.
Aquele dia. Naquela manhã, enquanto estavam arrumando o resto das bagagens da mudança, todos eles foram à loja de móveis pela tarde para comprar coisas necessárias, como cortinas ou lençóis. Mesmo dando apenas uma olhada pela loja, isso os tomou uma grande quantidade de tempo. Quando eles voltaram para casa, o sol já estava se pondo.
- E nesse momento, Toujou Basara estava pedalando sua bicicleta.
Para conhecer um pouco melhor a cidade para qual eles tinham se mudado, ele decidiu dar uma volta pela vizinhança.
"A noite é um pouco mais relaxante."
Essas palavras murmuradas por ele não eram um monólogo. Atrás dele estava Mio, sentada na garupa da bicicleta.
"Por que eu tenho que..."
Ela resmungou insatisfeita enquanto entrelaçava seus braços entorno da cintura dele.
Andando de bicicleta junto a uma garota. Melhor ainda, uma com peitos grandes. Um evento que faz o coração palpitar, mas mesmo assim a atmosfera estava realmente tensa.
"Não diga isso... Eu não conheço muito bem os lugares por aqui, mas você vem aqui frequentemente."
A escola que Mio fazia parte era perto da casa da qual eles haviam se mudado. Sendo assim, ao sair, ele havia perguntado à Mio se ela poderia lhe mostrar os arredores da cidade. Parece que ele havia entendido que o jogo dessa manhã havia sido uma pegadinha da Maria, mas o sentimento de desconforto não sumiria tão cedo. Mio tinha abertamente reclamado e mostrado uma expressão de descontentamento, mas no final aceitou mostrá-lo as redondezas.
“Ei... Basara, você realmente está na mesma escola que eu?”
“Parece que sim.”
Em resposta à pergunta vinda de trás, Basara pronunciou palavras de afirmação.
-A transferência de escola foi sugerido por Jin. Ele poderia ir para sua antiga escola, mesmo mudando de casa, mas a escola que Mio frequentava dava para ir caminhando. E também possuía uma boa tradução, então ele decidiu se transferir.
Ele mal tinha passado um período escolar como aluno do ensino médio. É claro, não é como se ele não se desse bem com seus colegas, mas ele não sentia nenhum arrependimento de ter deixado a escola.
...Além do mais.
Também tinha o caso do ataque à Mio. Se Basara pudesse, ao menos um pouco, diminuir o risco de tal coisa acontecer novamente, a mudança de escola já teria uma razão.
Atrás Mio disse “Mhm”, não deixando claro se estava sendo contra ou a favor. Basara e Mio vagarosamente avançaram de bicicleta através da cidade no pôr do sol.
“...Hey. Posso perguntar que tipo de sonho você teve essa manhã?”
“...Aw”
De repente sendo perguntado isso com um tom casual, Basara coçou a bochecha. Antes da Mio vir lhe acordar, ele deveria estar tendo um terrível pesadelo. Pelo ponto de vista da Mio, era uma pergunta óbvia.
...Eu a fiz ficar preocupada comigo.
Basara pensou em um cenário em que Mio não o obrigaria a responder.
Infelizmente, ele não poderia dizer a uma pessoa comum como a Mio sobre as suas circunstâncias. Então:
“No passado... quando eu ainda vivia no campo, várias coisas aconteceram. Você poderia dizer que é um trauma... Mesmo agora, eu ainda sonho sobre aquele tempo.”
“...Entendo.”
Mio respondeu de um jeito tão curto e não fez mais nenhuma pergunta. Mesmo assim, mesmo que um pouco só, a atmosfera entre os dois havia ficado mais leve. Está deve ter sido a consideração da Mio.
Obrigado.
Se Basara fosse contar à ela tudo... provavelmente ele não poderia mais viver com Mio e Maria.
Já que foi pedido à eles para comprarem ingredientes durante o seu tour, Basara e Mio se dirigiram ao supermercado.
“Nós compramos muitas coisas...”
Como eles tinham acabado de se mudar, eles não compraram apenas ingredientes, mas também todo tipo de temperos.
“Eu vou pegar a bicicleta primeiro. As coisas aqui estão muito pesadas, então só venha até a entrada com o carrinho.”
“Mm, Okay.”
Deixando Mio para trás, Basara deixou a loja primeiro.
Ele chegou ao estacionamento de bicicletas e desprendeu sua bicicleta.
“-Posso perguntar que tipo de sonho você teve essa manhã?”
Ele lembrou as palavras de Mio e o péssimo sonho que tinha tido essa manhã lhe veio à mente instantaneamente.
“......-!”
Basara se esqueceu como respirar por um momento e pressionou seu peito , fazendo um batimento cardíaco pular em seu peito.
-Como seria melhor se ele simplesmente pudesse esquecer. Mas ele não podia se dar ao luxo de esquecer.
NO incidente de cinco anos atrás, Basara foi a vítima e ao mesmo tempo o culpado.
Assim, Toujou Basara iria ter que aguentar esse fato sobre seus ombros pelo resto de sua vida.
“...Aw, nada bom.”
Lembrando que Mio estava à sua espera, Basara moveu a bicicleta até a portaria da loja.
Ao fazer isso, ele facilmente localizou Mio no meio de uma multidão.
Geh. Basara expressou uma careta. Mio obviamente estava cercada por quatro caras maus.
E Mio estava tentando tirar o braço que estava colocado sobre seus ombros, e olhava ferozmente para os homens.
“-Não me toque. Eu te matarei cem vezes se você me tocar. Hey, Basara!”
Quanta agressividade. Um garoto comum do ensino médio teria se apavorado depois disso. Mas infelizmente não teve efeito algum nesses quatro caras. Com um sorriso no rosto, eles não deixaram Mio em paz.
“...Ehm, você tem algum assunto para tratar com a minha companheira?”
Por enquanto Basara tentou chama-los calmamente.
“-Huh? Quem é você?”
“Bem, o companheiro dela.”
“Mhm... e daí?
Huh? Normalmente alguém não hesitaria ao perceber que a garota tem um homem com ela?
Durante essa atmosfera tensa, Mio o olhou com uma expressão rígida.
...Bem, e agora?
Enquanto Basara pensava, o cara mais próximo se aproximou com a cabeça inclinada diagonalmente enquanto mascava sua goma de mascar. Ele não sabia se isso era para lhe assustar ou provocar. De qualquer jeito ele era bom em fazer uma cara irritada.
“Basara, huh? Que nome patético-“
“-Não tanto quanto a sua cara.”
“Huh-?”
O cara o olhou atraído pelo que ele havia dito e bem nesse momento Basara lhe bateu com o pneu.
Um ataque certeiro. “Gueh”, dizendo isso , o cara foi atacado por trás.
-Com esse acontecimento tão súbito, todos presentes ficaram estupefatos.
Basara naturalmente fez sua bicicleta ficar em pé novamente e, então, passou através dos outros três rapazes até alcançar Mio. Lá, ele pegou a bolsa de pano do carrinho na qual estavam as coisas que tinham comprado.
“Bastardo-!”
Observando a situação, Basara rapidamente abriu a tampa de um vidro de tempero recém comprado e jogou seu conteúdo nos caras que vinham te atacar.
“Guah!?” “Desgraçado... Atchim!” “Meus... meus olhos, doem... Atchim!”
Bem, é claro. Era uma velha pimenta com o preço de 298 ienes.
“-Hey, não fique ai parada com essa cara e corra!”
“Eh? Eh?”
Agarrando a mão da confusa Mio e a sacola de pano do carrinho de compras, ele fugiu.
Agora sair daqui o mais rápido possível era sua prioridade. Basara rapidamente jogou a sacola na cesta frontal da bicicleta.
“Espere, nós iremos montados!” Deixando Mio sentar atrás, ele saiu com velocidade máxima. Ao mesmo tempo.
“Guah--!?”
A bicicleta havia trombado em algo. Provavelmente, era o cara ainda deitado no chão depois de ser acertado pelo pneu. Entretanto, não havia tempo para ficar se lamentando.
Basara pedalou levantado para conseguir atingir a velocidade máxima.
E então- eles andaram juntos pela via principal por um tempo.
Eles não deviam mais estar sendo perseguidos e naquele exato momento o semáforo se tornou vermelho.
“Fuh, nós devemos estar a salvo aqui...”
Sua respiração estava um pouco fora de ordem devido à corrida em pleno verão, e o suor escorria gradativamente pela sua testa.
“...Desculpa. Foi tudo minha culpa.”
Do nada, a voz de Mio, de trás, se tornou audível. Mio posicionava sua testa nas costas de Basara e aproximava seu corpo perto do dele. Basara virou seu rosto através de seus ombros e olhou para Mio, enquanto ela se culpava pelos problemas que causara. Mio estava olhando para baixo com uma expressão amarga.
...Então ela consegue fazer uma cara assim também...
Uma nova expressão de Mio estava diante de seus olhos. Mas Basara não queria que ela continuasse com tal expressão.
Ele não conseguia achar nenhuma palavra adequada àquela situação- entretanto,
“Ehm- Que tal desviar um pouco o caminho de casa?”
Ao mesmo tempo que a luz do semáforo se tornou verde Basara virou o guidão, o que ocasionou de a bicicleta começar a aumentar a velocidade.
“...Eh?”
Mio deixou escapar uma voz de surpresa devido a mudança de caminho, se afastando da casa deles.
Mas Basara não parou. A noite estava começando. Se eles fossem agora, deveria chegar lá no tempo perfeito.
O lugar para onde Basara levou Mio era um parque com um terreno amplo.
Lá também existia um posto cênico chamado Vale do sol poente, mas como esse lugar já era famoso com os moradores locais, Mio, que frequenta a escola daqui, já deveria conhece-lo. Entretanto, Basara decidiu leva-la a um local pouco visitado.
Ali não era uma plataforma de observação pública, mas um ponto onde você tem uma visão da cidade inteira.
“Woooow...!”
Mio, olhando para a paisagem urbana, deixou escapar uma voz de surpresa e prazer. Assim como Basara havia previsto, eles chegaram em tempo perfeito. O mundo estava equivalentemente colorido em um gentil vermelho, um belo cenário de pôr do sol.
“Tão bonito... Mas você apenas se mudou para cá, então como você conhece esse lugar?”
“Quando meu pai comprou a casa, eu estava com ele e ouvi que o parque era famoso, portanto vim aqui sozinho enquanto meu pai assinava o contrato. E então eu achei esse lugar por sorte.”
Basara se posicionou ao lado de Mio.
“Que visão esplêndida, não acha?”
“Sim. Eu nunca soube... que existia tal lugar por aqui.”
“Vamos voltar aqui a noite da próxima vez. O cenário noturno no parque é muito famoso também. Mas também tenho certeza que será muito bonito daqui também.”
Ele sugeriu uma pequena promessa para o futuro. Após isso:
“Sim... Você está certo... Da próxima vez então.”
De repente, a expressão de Mio se nublou. Da posição deles dava para ver o supermercado que eles estavam anteriormente. Ela deve ter se lembrado da briga com os caras de antes. Basara coçou sua bochecha com seu dedo e ...
“Ehm.”
“Hoje... Esta manhã, você veio me acordar.”
Nessas palavras, Mio o olhou. Então, Basara falou em um tom vagaroso.
“Uma família, veja você- é provavelmente algo em que qualquer trabalho ou preocupações de qualquer um pode ser perdoado.”
“Eh...?”
“No momento, para você, eu sou de algum jeito uma existência favorável, no nível de você vir me acordar? Claro que não está certo, ainda que nossos pais irão se casar... Mas nós vamos viver juntos de qualquer jeito. Por ajudar ambos em coisas triviais e tentar entender um ao outro, eu acredito que nós, vagarosamente, nos tornaremos família.”
Porque.
“Pelo menos, eu acho que o que fiz no supermercado foi uma coisa natural de se fazer. Eu tenho certeza que é o mesmo com meu pai. Se você ou Maria-chan acabarem se metendo nesse tipo de problema novamente, meu pai ou eu mesmo iremos ajudar vocês a qualquer momento. Mas isso não é algo que vocês devem se preocupar ou ficar relutantes. O que eu quero dizer é: que é tão natural quanto você vir me acordar pela manhã.”
Por enquanto, ele havia tentado de algum jeito expressar seu sentimento em palavras.
“........”
Entretanto, Mio se calou e ficou quieta. Mas será que talvez ele não estivesse se expressado muito bem?
...Eu não sou muito bom com palavras mesmo.
Em tempos como esses, Jin teria sido capaz de ser entendido com clareza com menos e melhores palavras, mas para o seu sofrimento, Basara não poderia falar com tanta confiança como seu pai.
“Ehm, o que eu quero dizer é...”
Deixando seu olhar cair para o chão, ele tentou de algum jeito consolidar suas palavras, mas logo após:
“... Tão insolente.”
Mio de repente murmurou, e depois dessas palavras Basara levantou sua cabeça. Ao lado dele, Mio estava sorrindo.
“Agora, você pareceu muito com um irmão mais velho.”
“...Sério?”
“Sim, mas só um pouco.”
Oh, um pouco de bom humor.
“Então que tal nós perdoarmos e esquecermos o incidente na-“ “ainda não.”
Mesmo dito de um jeito frio, a voz de Mio ainda brilhava. A atmosfera tensa de antes parecia ser uma mentira. Pelo menos Basara tinha pensado. O caminho para eles se tornarem uma família parecia ser longo ainda.
Mas no momento, parecia que Mio e ele tinham encurtado sua distância em um passo. Logo após:
“Então, já está na hora de irmos. Eu estou ficando com fome, de qualquer jeito.”
De volta a mesma casa- como uma família. Basara virou-se e foi pegar a bicicleta.
“... É. Maria e Jin-san também estão esperando.”
Ele ouviu a voz calma de Mio vindo de trás, então seus passos seguiram os dele. Suas duas sombras avançaram vagarosamente na mesma direção.
-Mas.
“......”
Com ela caminhando às suas costas e ele apenas vendo sua sombra, Basara não poderia ver a expressão de Mio no momento.
Não podia ver a expressão amarga, que estava com muito mais tristeza do que antes.
Parte 4
Uma semana se passou desde que eles começaram a viver juntos.
Mesmo assim, eles não tinham avançado em seus relacionamentos, eram mais que conhecidos, mas ainda não eram uma família.
Comparado ao início, muito constrangimento havia desaparecido. Então,
“Estou indo para o exterior a trabalho por um tempo.”
“Eh...?”
Depois de voltar para casa, Basara perguntou sobre o que Jin disse na frente da porta.
Mio e Maria não podiam ouví-los. Elas estavam preparando o jantar na cozinha.
“Um cliente italiano quer uma foto da Arábia. Então, tenho de fazer uma visitinha rápida à Dubai.”
Jin trabalha como fotógrafo freelancer. Um profissional que vive de tirar fotos.
Por isso as vezes ele tem de ir ao exterior tirar fotos, mas...
“Espera aí...”
Basara perseguiu Jin rapidamente, seu pai estava se dirigindo lentamente às escadas após tocar o ombro de Basara.
“O que você quis dizer com Dubai?!”
Seguindo Jin até o quarto, Basara perguntou e Jin respondeu com poucas palavras,
“É um cliente confiável, não tenho escolha.”
Preparando-se para o trabalho, Jin começou a colocar as lentes em sua câmera.
Jin era um renomado fotógrafo com clientes em todo o mundo. O nome “Jin” era muito conhecido no mundo dos negócios e suas fotografias eram avaliadas por ter uma natureza artística, como nas pinturas. Ele tinha muitos fãs e sua renda anual era até um ou dois dígitos maior que a de um fotógrafo comum.
“Eu sei que clientes são importantes, mas... não dá pra rejeitar?”
Era um momento importante e delicado no qual eles acabaram de começar a viver juntos com Mio e Maria.
Se o único adulto da casa sair, a sanidade da casa estará acabada.
“Nós já temos dinheiro o suficiente para ter uma vida decente.”
“A confiança é a coisa mais importante no freelancing. Quando eu perder essa confiança, ela não voltará nunca mais.”
“Mas... você é o chefe da nossa família. É o seu trabalho protegê-la.”
“É por isso que estou indo. Escuta, enquanto eu estiver fora, o seu trabalho como filho mais velho é proteger a família.”
“Isso...”
Com um argumento tão convincente, Basara não tinha palavras para contrariá-lo. Jin pousou levemente sua mão no ombro de Basara.
Ele sorriu.
“Não se preocupe, você consegue. Afinal, você é o filho do qual eu me orgulho.”
E então, na noite do dia seguite...
“Tudo bem, tome conta da casa.”
Com estas poucas palavras, Jin partiu em um taxi.
“Geez...”
Basara baixou o olhar para ver o objeto em suas mãos. Era uma foto que Jin deu a ele. Era uma foto de recordação deles quatro tirada ontem na frente da casa. Basara estava emocionado com aquilo.
“...Mh?”
Porém, Basara subitamente sentiu algo de errado com a foto.
Na imagem, Mio e Maria estavam certamente mostrando um sorriso. Mas,
...É apenas a minha imaginação?
Provavelmente devido ao efeito da luz, o rosto de Mio parecia um pouco triste. Ela de fato deveria estar preocupada pelo Jin estar fora de casa.
“Tá bem.”
Basara deixou o quarto. Enquando descia, pensou em pedir Sushi ou enguia para o jantar. Jin havia dado seu cartão de crédito a ele, e comer coisas deliciosas era a melhor maneira de animar-se em algumas ocasiões.
Então, Basara abriu a porta da sala.
“Ei meninas, sobre o jantar de hoje“
Ele conseguiu apenas dizer aquilo, pois ele tinha percebido uma atmosfera pesada na sala.
“...........” “...........”
Mio sentada no sofá e Maria sentada na cadeira da mesa de jantar ficaram quietas quando Basara falou. Mas houve uma reação, elas deram a ele um olhar frio e congelante.
Devido a isso, Basara suspirou severamente.
Ahhh, Por fim, aí estava. Ele pensou que era definitivamente estranho ganhar repentinamente duas irmãzinhas bonitas, mesmo se houvesse um problema com suas personalidades.
Finalmente tinha chegado a contrapartida de toda aquela sorte.
Compreensível. Não apenas o único adulto havia saído, mas as meninas e Basara estariam vivendo agora sob o mesmo teto por eles mesmos. Claro que eles ficariam naquele estado após serem jogados em tal situação. E,
“....................” “.....................”
Aquele silêncio não estava perdurando por muito tempo? Era como uma interrupção completa de uma TV ou de um rádio.
“Hm, que tal perdirmos algo... como Sushi ou enguia.”
De forma cordial e agradável, Basara sugeriu a oferta educadamente. Então,
“...Sabe, Basara, preciso te pedir um favor.”
Mio finalmente abriu sua boca que até então permanecera estática.
“Sim, claro, o que é? Se há algo que você precise, é só dizer.”
Basara imediatamente se aproximou de Mio.
Ela precisava de um favor. Aquela questão trivial o fez muito feliz.
E então Toujou Basara ouviu o favor de Mio. Foi dito com uma voz transparente, fria e penetrante.
“Saia já desta casa.”
Basara congelou por um momento e procurou palavras para dizer.
“Ehm...”
Sim. Foi chocante. Ele estava surpreso. No final das contas, ela pediu para ele deixar a casa sem nenhum motivo aparente.
Havia um limite para se falar sobre outras coisas.
“...Desculpa, mas você pode repetir o que você disse?”
Por hora, Basara desejava não a ter entendido ainda havia alguma esperança.
“------“
Depois disso, Maria levantou levemente sua mão na direção dele. A mão foi levantada por um propósito. Não, na verdade não. A palma de sua pequena mão estava levantada na direção de Basara.
“Eh----?”
A mão de Maria brilhava. Naquele momento,
Basara foi subitamente jogado na parede por uma rajada de vento.
“Ahhhh---!?”
Após um impacto em suas costas, ele começou a perder o fôlego e a tossir violentamente. Então,
“---Basara-san, você não escutou o que a Mio-sama disse?”
Não se sabe como ela havia chegado lá, mas Maria estava em pé diante dele.
Ela mostrava uma expressão impiedosa, isso fez com que ela parecece outra pessoa a partir de então.
“Justo agora... O que foi isso? Quem é você... ?”
Eram perguntas inevitáveis da parte de Basara.
“Hee... você está bem calmo.”
Maria estava um pouco surpresa. Essas eram palavras decisivas que mudariam a vida de Toujou Basara.
“Humanos que veem magia pela primeira vez geralmente entram em pânico.”
“Magia...?”
Maria disse grosseiramente “Sim” a Basara.
“Você acreditou que tudo era produto de uma ficcção ou de uma fantasia? Magia realmente existe. Não, não apenas a magia, mas raças como os humanos também.”
Na mesma hora que ela disse aquilo, algo se estendeu por entre as costas de Maria com um brilho azul. Algo que humanos absolutamente não possuem. Asas Negras. Suas orelhas também desenvolveram uma forma pontiaguda diferente da forma anterior.
Não era algo humano. Mesmo se não acreditassem em sua existência, todos sabiam os seus nomes.
“Então você é um dêmonio?”
“Exato.”
No momento que ele resmungava, uma voz instantaneamente surgiu.
Uma afirmação. De primeira, ele não queria acreditar naquilo, mas pareceu ser verdade.
“Nós deixaremos você ir, Basara-san. Mio-sama ficará com esta casa.”
Maria disse com peito estufado enquanto Mio ficava em silêncio desde o seu último “Saia”
...Mio-sama, huh...
Maria tinha mudado seu jeito de se referir a Mio, logo, Basara entendeu o relacionamento delas. Então ele perguntou,
“...O que está acontecendo, Mio? Isso é coisa tua?”
“Meça suas palavra, Basara-san. Você, um mero humano, está sendo desrespeitoso para com a futura Rei dos demônios.”
Maria respondeu a pergunta de Basara.
“Rei dos demônios... ela?”
“Existe uma raça chamada de demônios. É natural ter alguém que os domine. Nossos inimigos, a Tribo de Deus, possuem governantes de alto nível".
A propósito, heróis também existem, embora eles vivam basicamente em aldeias isoladas à fim de esconder suas existências, humanos normais geralmente não sabem sobre eles.
“...............”
Basara permaneceu em silêncio com a história que foi dita.
“....Para que um Rei Demônio quer a minha casa? Tenho certeza de que um Rei tem uma mansão gigante no reino dos demônios.”
Mesmo dizendo isso, ele ainda não podia acreditar na situação que estava.
“Existem circunstâncias para isso. Eu não tenho a obrigação de dizer. De qualquer maneira, Mio-sama e eu ficaremos com esta casa para fazê-la de base no mundo humano.”
Foi tudo um esquema para obter uma base de operação no mundo humano. Então,
“Então o casamento entre nosso pais...“
“Isso é algo que não existe. Nós conhecemos Jin-san na rua por conscidência. Ele parecia uma pessoa generosa, então... Eu alterei as memórias dele com minha magia de súcubo.”
Magia de sucumbir. Um demônio sedutor que toma a forma de uma mulher e aparece em sonhos. Se isso é o que Maria realmente era, ela não teria problemas para fazer um sonho parecer realidade.
“Quer dizer que você enganou meu pai com magia criando falsas memórias sobre um encontro com sua mãe, que sequer existe, e fez eles se casarem?”
“Sim e você é o próximo, Basara-san.”
Dito isso, Maria levantou sua mão na direção de Basara.
“Basara-san deixe a casa antes que Jin-san volte, pois você não pode se adaptar a viver com duas meninas após Jin-san sair. Essa memoria deve bastar.”
Em relação a isso, Basara ainda continuava em silêncio e observando Maria.
Após isso, Mio levantou calmamente do sofá e finalmente olhou para Basara.
“Desculpe, mas... Ficaremos com esta casa.”
Ela disse de forma fria, com o mesmo olhar do incidente com os delinquentes do outro dia.
“Receba obedientemente a magia de Maria ou saia já desta casa. Senão, eu gritarei e dar-te-ei memórias sobre como você usou violência contra nós e resolveu se entregar. E então eu ligarei para a polícia. Você não quer ir pra prisão por violentar suas irmãs, quer?
“.....Entendo”
Basara olhou para baixo de forma curta e despretensiosa.
Após isso, a mão de Maria brilhava na frente dele.
“E agora, Mio-sama? Devemos estar no verão, eu me sinto um pouco culpada por deixar você dormir do lado de fora. Retornar à terra onde você nasceu, viver com seus parentes... o que acha disso?”
“...é, parece ser bom.”
Maria disse.
“Até logo, maninho... não durou muito, mas foi divertido.
Usando estas palavras como um sinal, a luz da mão de Maria foi lançada em Basara.
O que a Maria tinha lançado era uma magia de súcubo que manipulava as memórias das pessoas usando ilusões.
Por causa disso, as memóras de Basara foram alteradas e ele deixou a sua própria casa, ou pelo menos isso deveria acontecer. No entando,
“....Oh?”
A magia de manipulação de memórias certamente afetou Basara, mas ele não se moveu.
...Que estranho.
Enquanto movia sua cabeça, Mio estava prestes a lançar uma outra dose de manipulação de memórias em Basara.
“Eh...?”
Maria de repente piscou seus olhos. Basara, que deveria estar na sua frente, tinha desaparecido.
Em uma pequena possibilidade, Maria virou-se para seu ponto cego.
Lá estava Basara, no meio da sala.
Por um momento ele estava atrás dela. Maria engoliu em seco aquele fato.
“Vo-Você está resistindo? ... Então, isso será mais doloroso.”
Ela o fitou com um olhar feroz. Não queria queimá-lo, mas não havia outra alternativa.
Maria entoou a magia de vento que tinha lançado em Basara há poucos minutos.
O vento produzido foi na direção de Basara. KEEEEK. Naquele momento, com um barulho estrondoso a magia do vento foi anulada.
“O qu...?”
Durante um momento, ela pensou que vira uma linha branca vinda do lado e, em seguida, sua magia fora anulada. Maria parecia surpresa. Basara de repende estava segurando uma espada enorme em suas mãos.
Era poder de uma arma de contrato acoplada ao corpo de seu usuário.
“... Com o que você está surpresa?”
Basara abaixou levemente a sua cabeça. Ele a olhou com um olhar cortante, era praticamente uma pessoa diferente.
“Você disse por si mesma, demônios como você e a Tribo de Deus existem".
Um suspiro.
“E também que a tribo dos Heróis existe.”
“Sem chance... como?”
Próxima a ele, Mio levantou uma voz assombrada.
“Quero dizer, os Heróis estão se escondendo... Por que você está aqui vivendo como um humano normal...”
“Eu não tenho nenhuma obrigação de te dizer.”
Maria que tinha sido friamente ignorada olhou com surpresa para Basara.
...Como isso poderia...
Não era à toa que a magia de manipulação de memórias não tinha funcionado. A magia de súcubo só afetava pessoas com baixo poder mágico, isto é, os humanos normais que fossem indefesos contra o poder mágico. Não funcionava em especialistas contra demônios como os Heróis.
Mas Maria estava mais confusa sobre a identidade dele do que esse fato.
Impossível, ela pensou. Disse a respeito sobre as ações de Basara.
Certamente Maria não utilizou uma magia de vento ofensiva. Ela queria fazê-lo sentir dor ao ser arremessado. Ela só queria acertá-lo com uma magia de voo. Não era tão prejudicial ou poderosa. Então, não era tão estranho um Herói anular aquela magia.
Mesmo assim, Basara tinha anulado a magia de Maria ao balançar a sua espada. Não, não era apenas isso. Quando uma magia é lançada, algo como restos mágicos permanecem no cenário, mas não havia nenhum vestígio de magia após a anulação. Tudo foi completamente apagado, como se nunca tivesse existido.
“Eu não tenho.... mais quaisquer tipos de relações com heróis e demônios.
Basara lentamente deu um passo a frente.
“Mas infelizmente, eu não tenho a intenção de hesitar.”
Dito isso, Basara se moveu com uma velocidade capaz de se infiltrar entre elas em um instante, como se nunca estivesse lá.
“----------!”
Nada bom. Maria estava diante de Mio, pronta para protegê-la. No mesmo momento, a espada de Basara desceu sobre Maria e Mio.
Toujou Basara olhou para as duas garotas que ele tinha tentado acertar. Elas estavam fechando seus olhos.
A espada em sua mão parou a um comprimento de papel longe delas.
“...Ah.”
Maria e Mio, entendendo que estavam a salvo, caíram ao chão.
Suas pernas haviam desistido. Por isso que Basara desfez a encarnação de sua espada mágica, Brynhildr.
“Por que...”
Com essa pergunta pasma de Mio, Basara virou-se de costas para elas sem dizer nada.
Ele sentiu uma forte raiva delas. Algo que nunca poderia ser perdoado. Mesmo assim,
“...Saiam daqui.”
Basara murmurou tais palavras.
“Não me importa se vocês são demônios ou um Rei Demônio, nossa casa não tem tempo para sustentar pessoas que enganam a mim e, principalmente, meu pai. Eu deixarei vocês irem agora. Eu mandarei sua bagagem depois, então andem logo e vão embora.”
Então, após alguns minutos a sala de estar da casa de Toujou estava de volta em silêncio.
Após recuperarem as forças em suas pernas, Mio e Maria tinham deixado a casa.
Basara, tendo transformado sua espada magica Brynhildr novamente em sua forma de espera, um colar com um pingente, sentou-se no sofá.
“......”
Rangendo seus dentes, ele segurou sua mão, que não parava de tremer.
...Está tudo bem.
Basara desesperadamente tentou enganar a si mesmo. Ele não tinha lutado há muito tempo. Seu dom de luta ainda não havia retornado. Por isso que a ativação daquela habilidade foi apenas uma coincidência.
Cinco anos atrás, quando ele ainda estava na vila da tribo dos heróis, Toujou Basara causou um grave problema.
[Um certo incidente] fez seus próprios poderes saírem do seu controle.
Originalmente aquilo tinha causado tantos danos que não lhe seria mais permitido viver do mesmo jeito.
Mesmo assim, como resultado de todo tipo de circunstâncias, acabou acontecendo dele abandonar o vilarejo junto de Jin. Em outras palavras, ele havia sido expulso. E acabou vindo para Tokyo. Pai e flho começaram uma nova vida em uma cidade onde o estilo de vida era totalmente desconhecido para eles.
“...Droga.”
Basara murmurou repugnante. Mas não era direcionado para Maria ou Mio.
É claro, Toujou Basara não tinha intenção alguma de perdoá-las. Era inegável o fato de que elas tentaram enganar ele e Jin. Mas era outra pessoa a quem ele não podia suportar.
Era o homem, que um dia havia sido chamado de o mais forte de todos os Heróis.
Foi um Herói com um poder muito maior que ele, seu pai, Jin.
Não havia maneira de que este homem não soubesse os planos de Mio e Maria. Maria tinha dito que ela havido manipulado suas memórias com mágica, mas Jin tinha escondido elas sem dúvida.
Por isso que Basara pegou seu telefone e discou o número de telefone de Jin.
“Alô. O que foi?”
Após alguns segundos tocando, uma voz familiar atendeu o telefone e Basara respondeu com uma voz baixa.
“Pai... Você tem um minuto?”
“Claro. O motorista do taxi não é do tipo que conversa muito mesmo. Então estou um pouco entediado.”
Misturado ao tom normal de Jin, ele podia ouvir um vago som de vento soprando. Provavelmente, o taxi no qual Jin estava dirigia por uma autoestrada. O motorista com certeza iria ouvir sua conversa, mas Jin provavelmente iria arranjar alguma desculpa. Portanto,
“Que ideia foi essa?”
Basara perguntou. Mesmo tentando se manter calmo, raiva ressonava em sua voz. Com isso,
“Essa foi rápida... Você já percebeu? Eu esperava que fosse demorar um pouco mais.”
Jin disse isso sem nenhum sinal de vergonha.
“Eu sabia. Você sabia que elas eram demônios. Desde quando?”
Segurando o telefone firmemente, ele perguntou impaciente.
“Desde o começo. Eu sabia mesmo antes delas me acharem na cidade.”
“Acharem? O que você quer dizer...?
Com as palavras de Jin, Basara franziu as sobrancelhas. Maria havia dito “nós encontramos Jin por acidente na cidade”.
“Bem, eu tenho certeza que aquelas duas pensaram que foi coincidência.”
Jin disse em um tom indiferente, então continuou com um “Mas”.
“A um tempo atrás, eu tive algumas notícias que o [Vilarejo] estava secretamente de mudanças. Está perto de cinco anos que deixamos o vilarejo. Não parecia que eles iam se importar com a gente depois de todo esse tempo, então eu simplesmente observei as coisas por um tempo... mas foi quando a situação teve uma mudança inesperada a pouco tempo. Era relativamente perto, então eu decidi checar.
Um suspiro.
“Afinal, os anciões deram a elas um rank de vigilância S-.”
“Rank S-? Aquelas duas?
A tribo de Basara deu rankings para os demônios de acordo com o perigo que eles podem causar. E o rank S- era um dos maiores. Apenas S e S+ eram maiores.
...De verdade?
Os demônios normalmente vivem em um mundo diferente do mundo dos humanos, chamado Reino dos Demônios. É claro que alguns deles vêm ao mundo dos humanos e causam problemas as vezes, mas eram apenas demônios de ranks baixos. Basicamente eles não deixaram seu próprio mundo.
Porque atualmente, houve uma trégua entre os demônios e os heróis.
A luta entre heróis e demônios nesse mundo durou por tanto tempo que nenhum dos lados sabia quanto tempo havia durado. Mas isso é um assunto de antes do nascimento de Basara, pois a geração de seu pai pôs um fim a ela. O novo Rei Demônio havia posto em pausa a luta contra os heróis e a tribo de Deus e recolheu todos os demônios do mundo humano.
Então os demônios que haviam vindo para o mundo humano eram todos demônios com baixo nível de procurado e ranks pequenos, como E ou D, ou alvos a serem eliminados.
“Essas duas são S- ...”
Basara murmurou em descrença. E então ele olhou para a palma da sua mão direita.
Mesmo que elas fossem apenas S-, ele nunca acreditou que conheceria um rank S em sua vida.
“Para ser mais preciso, Mio tem um rank de vigilância S-, Maria é apenas alguém que está como protetora ao seu lado.”
“Mio...”
Então Basara de repente lembrou as palavras de Maria. A batalha ocorrida mais cedo na sala de estar. Mesmo elas tendo deixado sua guarda baixa por não saber que ele era um herói, pelo que ele pôde ver que Mio não parecia representar tanto perigo. Então ele havia tomado as palavras de Maria como uma ameaça, mas...
“Então ela... realmente é a futura Rei Demônio?”
Mesmo dizendo isso, Basara ainda negava tal possibilidade. Isso não podia ser verdade. Afinal,
“O que eu quero dizer é... o Rei Demônio tem sido sempre um homem... mesmo nos dias presentes.”
Wilbert, o nome do atual Rei Demônio que recolheu os demônios do mundo humano é conhecido por sua política sensata. Originalmente o inimigo dos demônios era a tribo de Deus, “arqui-inimigo” como Maria os chamou. Então os demônios apenas pensavam meramente nos humanos como insetos e tentaram destruir o mundo humano simplesmente lançando um ataque ao céu. De todos esses demônios, Wilbert foi o primeiro a se abster da vingança contra os deuses a estava traçando o caminho para um reino de demônios pacíficos. Acima de tudo, deveria ter sido proibido machucar um humano imprudentemente.
Essa foi especificamente a razão pela qual o mundo humano estava tão pacífico nos últimos seis anos.
Entretanto. A voz de Jin pelo telefone se sobrepôs aos pensamentos de Basara.
“O Rei Demônio Wilbert morreu a mais ou menos um ano atrás, ao que parece.”
“Eh---?”
Basara não conseguia compreender o que lhe havia sido reportado.
“Eu nunca ouvi nada sobre isso...”
“Porque nós cortamos laços com o [Vilarejo]. Eu apenas soube recentemente.”
Jin adicionou.
“Se eu tivesse lhe contado descuidadamente você provavelmente teria aquele pesadelo novamente.”
“Isso...”
Basara pausou inadvertidamente. Afinal, ele tinha tido aquele pesado no outro dia.
“Mas... isso significa que a Mio é a próxima Rei Demônio?”
“Não. Aparentemente algum outro demônio de alta classe reina no lugar de Wilbert sobre o reino dos demônios. E ele parece ser bem linha-dura... Ele está trás de Mio, porque ela é a única filha de Wilbert e a sucessora de seus poderes.”
O Reino de Wilbert era conhecido por usa política sensata, mas seus poderes superavam o de qualquer outro Rei Demônio anterior. Esta era precisamente a razão pela qual ele podia convencer os demônios combatentes a pararem de lutar e se retirarem do mundo humano. Se Mio tivesse herdado estes poderes do mais forte Rei Demônio, então ela era indispensável para alguém que quisesse reinar como o novo Rei Demônio. Mas,
“Espere um pouco...”
Ainda havia algo que ele não entendia. Era,
“Eu entendi a essência da situação... Mas, por que você recolheu aquelas duas então?”
Aquilo era acima dele em todos os sentidos. Por fazer tal coisa, não só os demônios, mas também o vilarejo iriam se voltar contra ele. Também contradizia com o fato que ele havia escondido a morte do Rei Demônio anterior de Basara sem nenhuma consideração.
“Eu te disse que eu tinha que ir checar algumas coisas, não disse?”
Então, com o mesmo tom casual de antes, as palavras de Jin estavam cheias de seriedade.
“O sensato Wilbert tinha vários inimigos entre os demônios. Para esses caras a filha do seu odiado Rei Demônio serviria perfeitamente como refém. Wilbert principalmente havia entendido tal ameaça. Eu ouvi que assim que sua filha nasceu, ele a mandou para o mundo humano e deixou ela ser criada como humana em absoluto segredo por subordinados que atuaram como seus pais...”
Mesmo isso significando ele ser separado dela, ele fez isso pela felicidade de sua amada filha.
Isso certamente deve ter sido uma situação de doer o coração.
“Mas ironicamente, após a morte de Wilbert, seu enorme poder foi transferido para Naruse Mio, que havia sido mandada para longe dessa disputa. Ela era uma garota normal no ensino fundamental naquela época... Eu tenho certeza que você já sabe o que aconteceu após isso.”
O novo Rei Demônio não poderia ignorar a existência de Mio. Muito menos os subordinados que atuaram como seus pais. E no momento, os parentes que a criaram se foram. Não foi difícil adivinhar que tragédia havia caído sobre Mio.”
“Como? Como pode ser?”
Basara disse isso enquanto apertava sua voz.
“Nossa tribo e os demônios podem usar poderes sobrenaturais porque nós conhecemos leis superiores ao mundo humano. Meio ano atrás, ela era apenas uma garota comum, sem saber isso. Agora em sua maioria, ela sabe como usar seus poderes, mas ela apenas herdou os poderes do Rei Demônio e eles ainda não foram completamente acordados. É por isso que o vilarejo colocou ela como um alvo sobre vigilância ao invés de um alvo a ser exterminado.”
Mais ainda, Jin adicionou.
“A facção sensata perdeu muito de seus poderes após a morte de Wilbert. O fato de Maria ser sua única guarda é a prova disso. Eu não acredito que aquelas duas sozinhas podem se opor a facção do Rei Demônio atual. Se deixadas sozinhas, elas irão perder suas vidas cedo ou tarde.”
“Então, você fingiu que estava sendo manipulado...”
Ele finalmente entendeu as intenções de Jin.
Basara suspirou e gritou suas palavras após.
“Seu maldito idiota... Devia ter me dito isso antes!”
Então Basara poderia ter ajudado.
“Desculpe. Eu tinha decidido desde o começo que vocês três deveriam estar na mesma posição.”
Jin disse isso enquanto ria.
“Eu escondi o fato de elas serem demônios e escondi o fato de nós sermos heróis. Se um dos lados soubesse sobre o outro, eles pensariam ter sido enganados e toda a confiança iria embora. Mas se ambos escondessem algo, então estaria tudo certo, correto? Ambos os lados foram enganados, dando a você espaço para vocês comprometerem a mim, que sabia de tudo, como o vilão da história.”
“...Então isso quer dizer que a oferta de emprego era só uma mentira?”
Se fosse só para proteger Maria e Mio, ficar com elas seria melhor. Jin deixou a casa mesmo dizendo que ele tinha uma razão para isso.
“Bem, adivinha só. Desculpe, mas eu tenho que ir checar algumas coisas, então eu estarei indo ao reino dos demônios por um tempo.”
Isso significaria estar entrando atrás da linha inimiga. É claro, Jin já foi considerado o mais forte dos heróis. E em meio a grandes batalhas, ele aparentemente já havia entrado no reino dos demônios inúmeras vezes, mas
“Isso é.... Seguro?”
“É, não se preocupe. Eu não posso lhe dar muitos detalhes, mas eu só quero entrar em contato com uma pessoa. Se tudo der certo, Mio talvez não seja mais perseguida.”
Ah. Então ele irá direto na fonte. Portanto,
“Okay... Deixe as coisas aqui comigo. Eu farei algo sobre o assunto.”
“Estou contando com você, meu filho. Então? Como estão as garotas? Bem, pelo que parece, eu adivinharia...“
Jin ainda estava dizendo algo, mas Basara pôs seu fone de lado, desligando a ligação.
E então, ele já estava correndo em direção a porta da frente.
Este Capitulo foi traduzido Pelo Grupo Mundo das Light Novel
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