domingo, 2 de agosto de 2015

Shinmai Maou no Keiyakusha - Vol.01 - Prologo

Parte 1

"Ei, você disse que queria uma irmãzinha, não?"

Era uma noite de um certo dia em meados das férias de verão.

Toujou Basara ouviu seu pai dizer isso tão claramente.

Era durante o jantar, enquanto Basara levantava-se para pegar uma segunda porção de curry.

"Eu não disse isso. Será que a pimenta foi para um lugar errado dentro do seu cérebro?"

De costas, Basara responde com uma voz cansada, e então abre a tampa da panela de arroz.

"Que reação fraca... é uma irmãzinha, sabe, uma irmãzinha. É algo que garotos querem tanto que começam a babar."

"É uma pena que uma irmã mais nova não encha o meu estômago."

Assim como dava continuidade às palhaças do pai. Ele tinha um grande apetite. O estômago de uma garoto do ensino médio não deveria ser subestimado. Assim que terminou de encher o prato com o arroz, Basara moveu-se para frente do pote de curry que estava no fogão. Ele derramou o molho substancial sobre o arroz, em seguida, voltou ao seu assento.

"Hã? Onde estão os legumes em conserva?"

A garrafa com os legumes desapareceu de cima da mesa.

Seu pai, que se sentou em frente a ele, segurou a garrafa com os legumes em conserva em uma mão e disse com um olhar triunfante em seu rosto,

"Ei, vamos falar um pouco mais entusiasmadamente sobre a irmãzinha."

Ele demonstrou um sorriso. Basara soltou um suspiro de resignação e olhou para seu pai,  Toujou Jin. Aquele pai em uma boa idade tentou discutir os méritos de uma irmã mais nova com seu filho durante o jantar.

Colocar em palavras foi muito doloroso. Ele sentiu um leve desejo de matar.

"Entusiasmo... na verdade, eu realmente disse que queria uma irmãzinha?"

"O quê...? Não se lembra?"

Jin disse surpreso.

"Você disse 'Eu quero uma irmãzinha', que soou como título de uma light novel, com brilhos em seus olhos, há dez anos atrás."

"Como se eu fosse lembrar disso!"

Dez anos atrás, Basara tinha apenas 5 anos. Sem dúvidas, era apenas uma criancice. No entanto, Jin levantou a mão com "Calma".

"Uma irmã mais nova é legal, fofa, gentil e suave. Ela irá te acordar todas as manhãs."

"Bem, isso pode ser..."

"Sim. Além disso, você pode fazer todo tipo de coisa pervertida que quiser."

"Não tente levar seu filho pro crime! Na verdade, seria um pouco assustador se houvesse uma irmãzinha assim!"

Uma irmã mais nova assim só existe em 2-D.

"O que há com você, pai...? Você queria tanto assim conversar sobre uma irmã mais nova que se parece mais com chave de cadeia?"

"Eu não estava fantasiando. Embora as coisas pervertidas tenham sido certamente uma piada."

Jin passou a garrafa com legumes em conservas deslizando-a pela mesa.

"Bem, resumindo, o que quero dizer é: Você gosta ou não de uma irmã mais nova?"

"Que tipo de pergunta é essa? Bem... deixando o negócio de irmã mais nova de dramas e mangás de lado, eu ouvi dizer que ter uma irmã mais nova de verdade não é tão bom assim. E que elas são atrevidas e rudes."

"Então, em outras palavras, você gostaria de uma irmã mais nova fofa."

"Bem... Acho que sim. Na verdade, aonde vamos chegar com essas perguntas?"

Respondendo a Basara, Jin respondeu logo com, "Sim, bem" , em seguida, mostrou um sorriso sugestivo.

E então ele disse as palavras que mudariam o destino de Toujou Basara.

"Você não está feliz por ganhar uma linda irmã mais nova?"
Parte 2

Azul, não importa para onde olhasse. Essa era a cor do céu neste dia.

O clima estava ótimo. As cigarras cantavam com um grito de calor quando a temperatura quebrou um novo recorde da história. Era um começo de tarde no meio do verão. Basara veio com Jin para um restaurante de família em frente à estação.

"Digo, sério...?"

Toujou Basara murmurou em um tom ainda duvidoso.

—Na última noite, Jin trouxe à tona um assunto sobre uma irmãzinha. Essa foi uma bandeira para seu segundo casamento.

Por ele ter escolhido "Se é uma irmãzinha fofa, eu gosto dela" das opções, eles vieram conhecê-la hoje.

"Deixe de mau humor... Quando eu liguei para elas, elas disseram que queriam conhecê-lo e cumprimentá-lo o mais rápido possível. Além disso, eu lhe perguntei se hoje estaria tudo bem para você."

"Bem, sim..."

Certamente. Basara disse a Jin, que havia perguntado com o celular em uma das mãos, "Eu não me importo", já que ele ainda não compreendia a situação e estava seguindo o fluxo.

De qualquer forma, após tomar conselhos com seu travesseiro, ele deveria pensar sobre isso mais uma vez, apesar de tudo. Jin se casando novamente significava que Basara ganharia uma nova família. E não apenas uma irmã mais nova, mas também uma mãe.

...Mas.

Sim, isso ainda era apenas teoria.

Junto com Jin, a outra família e a garota que se tornará irmã mais nova de Basara eram simpáticas ao casamento. Mas, apesar disso, o casamento de Jin ainda não estava definido. Em outras palavras,

...eu sou o último a ser convencido, hum...

Com a conclusão final descansando em seus ombros enquanto todos os outros obstáculos haviam sido apurados, esse era um tipo de assunto chato. Quando Basara pensou em que tipo de situação estava, um som elétrico soou de repente da entrada do restaurante. Isso significava a entrada de um cliente. Enquanto inadvertidamente colocava-se em guarda, Basara olhou em direção à entrada e soltou um suspiro de alívio. Tinha sido obviamente uma outra pessoa.

"Por que você está ficando tenso a cada vez que um cliente entra?"

"O-O que isso importa para você... sério."

Enquanto colocava a palma da mão em seu rosto, Basara olhou para a família recém-chegada.

—Um pai, uma mãe e uma criança.

Era felicidade natural. Portanto, algo realmente precioso.

Toujou Basara se perguntou se ele poderia conseguir essa felicidade, que era o que ele queria naquele momento.

—Mas quais eram as condições?

Ele não sabia. Uma família feminina era algo desconhecido para ele. Mas, ele poderia ter uma resposta para isso agora. Encontrando-se com pessoas que podem se tornar parte de sua família no futuro.

—E, nem mesmo ele sabia o porquê daquilo.

Não era por causa de um som elétrico que sinalizava um novo cliente, e nem havia algo lá chamando sua atenção. Apesar disso, como se ele estivesse sendo controlado, Basara de repente levou seus olhos à entrada do restaurante.

"——"

Com passos vagarosos, duas garotas entraram no restaurante.

Uma delas possuía em torno da mesma idade que Basara, como uma colegial. A outra era mais nova do que Basara. Porque ela era mais baixa, ela se parecia com ambas, uma garota do primário e uma garota do fundamental. Essas duas pareciam irmãs, mas—

"...Uwah."

Ele inconscientemente soltou uma voz de surpresa. Até agora, ele não havia visto uma garota tão bonita na rua antes. Ele também inadvertidamente parou e virou-se para ela.

Mas—as garotas que haviam vindo superaram completamente o nível básico.

Apesar de tudo, os outros clientes que notaram as garotas também tiveram seus olhares fixados nelas. Logo após, as garotas foram levadas por um funcionário a uma mesa do lado oposto de Basara e Jin.

Quando ele olhou para as costas delas, um outro cliente entrou.

Era uma mulher em seus vinte anos com uma aura pacífica junto de sua filha pequena.

...elas finalmente chegaram?

Inadvertidamente, Basara ficou todo tenso e, ao mesmo tempo, as duas se aproximaram como se o tivessem notado.

Sem dúvidas. Basara se levantou de seu assento com uma atitude para com a vinda da mãe e filha.

"P-Prazer em conhecê-la... Eu sou Toujou Basara!"

No entanto, a mulher à frente dele o olhou confusa. Ela poderia estar surpresa pelo cumprimento repentino. Basara rapidamente tentou salvar a situação. De repente, um soco o acerta atrás de sua cabeça.

"Ai! O-O que você...hã?!"

"Desculpe meu idiota."

Antes que Basara pudesse se virar, Jin forçadamente agarrou sua cabeça e a abaixou.

Basara teve seu corpo forçadamente abaixado até que estivesse inclinado para a frente, mas ainda assim conseguiu se livrar de Jin com força.

"Quem você está chamando de idiota?! Para suavizar seu casamento repentino, eu apenas tentei—"

E então, a mãe e a filha passaram pelo Basara.

"Eh...?"

Quando Basara olhou para suas costas, as viu sentando-se na próxima mesa, ao lado de um homem que é, provavelmente, o marido. O marido recebeu a esposa e a filha com um sorriso, mas para Basara, que havia chamado sua esposa, ele mandou um curto e rigoroso olhar.

...Ehm, em outras palavras.

Foi um mal-entendido. Para Basara, que estava prestes a explodir de constrangimento por causa de seu erro doloroso, Jin disse.

"Você está muito nervoso... vá lavar seu rosto para se acalmar."

"...Desculpe. Estou indo."

Ele disse isso tão vagamente, e Basara imediatamente se dirigiu em direção ao banheiro atrás.

...O que estou fazendo?

Ficando nervoso com ele mesmo, ficando irritado consigo mesmo e ficando exaltado.

Nesse ritmo, era desconhecido o tipo de falha que ele poderia cometer nesse encontro. Como Jin havia dito, ele deveria se acalmar um pouco. Enquanto olhava para baixo, ele abriu a porta para o toalete e deu um passo para dentro.

"Eh—?"

Toujou Basara levantou seu rosto e ficou paralisado.

No banheiro aberto, havia uma garota.

Naquele momento, um estranho silêncio tomou conta do pequeno banheiro.

A garota no toalete era a linda irmã mais velha do par de irmãs que havia entrado na loja mais cedo.

A garota havia se inclinado para frente, havia levantado a saia e tinha ambos os dedos polegares em sua calcinha branca, como se tivesse ou puxando-a para baixo ou puxando-a para cima. Com todos os pensamentos parados desde o súbito acontecimento, ela olhou perplexamente para ele.

Mas isso foi um mal-entendido. Basara não tinha intenção de abrir a porta do banheiro feminino.

O banheiro era, meramente, unissex. Ela simplesmente usou o banheiro unissex porque o feminino
estava ocupado. E esse banheiro possuía um problema conhecido pelos fregueses—a tranca não funcionava muito bem. Portanto, as garotas que sabiam disso evitavam usar este banheiro. O restaurante até mesmo havia colocado um pequeno papel dizendo "Por favor, tranque a porta apropriadamente" do lado de dentro para evitar quaisquer problemas. Mas mesmo que pense que ela estava trancada apropriadamente, poderia acontecer de ela não estar—sim, assim como agora. Basara apressadamente tentou fechar a porta e e sair e sair de fininho, mas de repente ele ouviu um 'certo som'. Era o som de uma garota tomando uma respiração profunda. Uma ação tomada antes de um grito.

"—Ei, espere!"

"Mmg?!" Basara por pouco conseguiu sufocar o grito e soltou um suspiro de alívio por hora.

...Espere, o que estou fazendo?!

Antes de perceber, Basara havia entrado completamente no banheiro e coberto a boca da garota.

Isso não era bom. Deveria ter sido um infeliz acidente devido a um mal-entendido, mas a situação piorou tanto que até mesmo desculpas seriam inúteis agora.

"Desculpe por assustá-la, mas, por favor, me escute sem fazer um tumulto. Não foi de propósito. Foi um infeliz acidente, um mal-entendido..."

O banheiro ocupado ter sido aberto pelo lado de fora significa que a pessoa que não trancou a porta apropriadamente é a culpada. Em outras palavras, a garota. Pelo lado emocional, ela é a vítima. Portanto, Basara explicou sobre o defeito da tranca e sobre o papel na porta. Ele tentou convencê-la desesperadamente.

De que não havia nenhum agressor aqui, apenas duas vítimas.

Mediante a isso —como se a explicação de Basara tivesse funcionado— a garota logo relaxou o corpo.

"Ehm... Agora você entende?"

À sua pergunta, a garota acenou com a cabeça. Quando Basara timidamente tirou a mão, a garota corrigiu sua postura e riu um 'Fufu'. Um brilhante sorriso que parecia ser uma prova de amizade.

Bom. Aparentemente, sua sinceridade foi transmitida e ela compreendeu a situação com calma. Ele se deixou levar e também mostrou um sorriso com "Haha..."

—Nesse momento, ele recebeu um golpe no rosto e foi jogado para o lado.

Foi uma bofetada. Não que precise ser dito, mas a porta defeituosa que começou tudo isso estava destrancada. Basara se chocou com a porta e caiu do lado de fora. Lá, ele caiu de costas.

"P-Por quê...?"

"...Desculpe?"

Enquanto pressiona sua bochecha, Basara olhou pasmo para cima. A garota havia contraído as bordas de sua boca.

"Primeiro você espia uma garota no banheiro, então você entra, cobre a boca dela e tenta dar desculpas... Coloque a mão no coração e pense bem sobre o que fez—em outro mundo."

Como se para dar o golpe final em Basara, a garota levantou a perna e estava prestes—

"—Hmm? O que vocês dois estão fazendo aí?"

Uma voz familiar soou do lado. Ele provavelmente veio checar, já que Basara estava demorando.

Jin havia vindo ao banheiro alguma hora.

"Pai..." "Jin-san..."

Basara e a garota chamaram Jin ao mesmo tempo, em seguida olharam um pro outro com um "Eh?".

Em seguida, agora que Basara retornou ao seu lugar, havia duas garotas sentadas em sua frente.

A maior era Naruse Mio. A menor era Naruse Maria. Como Basara havia imaginado, as duas são irmãs. Quando terminaram de pedir as bebidas,

"Ahaha, desculpe, Basara-san."

Maria monstrou um sorriso amigável.

"Nós dissemos à garçonete que viemos nos encontrar com alguém. Mas, aparentemente, a que nos guiou não sabia sobre vocês dois."

Em outras palavras, os funcionários não se comunicam. Foi um pequeno erro.

O quebra-cabeça havia sido resolvido. No entanto, isso não resolveu também o "problema".

"..."

Em contraste à sorridente Maria, Mio estava franzindo os lábios sem dizer nada há um tempo.

...Bem, é compreensível.

Dizer a ela para se animar quando alguém a interrompeu no banheiro mais cedo seria pedir demais. Ele deixou a pior primeira impressão no importante encontro para as duas famílias do casamento.

O casamento não seria cancelado por causa disso, mas——Basara novamente checou as expressões de Mio e Maria, que estavam sentadas a sua frente. E pensou,

...Ainda assim, elas são bonitas.

Não apenas a aparência, mas sua aura e comportamento casual o deixaram excitado. Especialmente Mio, quem aparentemente estava também no primeiro ano do ensino médio, assim como Basara, embora com um aniversário um pouco mais tarde. Em outras palavras, agora mesmo, quando seus pais ainda não se casaram, ela é simplesmente uma garota da mesma idade que ele. É claro que isso acelerou seus batimentos cardíacos. Então,

"—Mas, estou contente por você ser uma pessoa legal, Basara-san."

Maria, sentando-se diagonalmente oposta a ele, encarou-o e riu com um 'Ehehe'. Ela parecia muito mais nova para uma garota de apenas um ano mais nova do que Basara e Mio e para seu terceiro ano do fundamental. Sua fofura estimulava gravemente os instintos protetores de um garoto.

"Um garoto na sua idade, eu estava preocupada sobre o que fazer já que era um garoto afiado como uma faca."

"Ha, Haha..."

Uma idade onde você é afiado como uma faca, que tipo de idade seria essa? Uma de um apresentador nacional?

"Não precisa se preocupar. Quero dizer, ele parece desejar uma linda irmã mais nova."

"Parece que sim. Quero dizer, ele entrou em um banheiro ocupado por uma garota."

À piada de Jin, Mio soltou um olhar frio.

"Eu disse que foi um mal-entendido, um acidente. Quantas vezes---"

"Hmp, ainda dando desculpas?"

Quando Basara soltou um suspiro, Mio se inclinou para frente.

Uma distância que fez seu coração saltar. Ela olhou para ele com magníficos olhos arrebitados que enfatizavam sua diferença de altura.

"...Sinto muito."

Tão fraco. Quando Basara, incapaz de suportar sua força destrutiva, desistiu, Mio assentiu "Mm, eu te perdôo", ficou satisfeita e finalmente animou sua expressão.
Basara soltou um suspiro de alívio.

"Ah, certo... ehm, desculpe-me, tem algo que eu gostaria de perguntar."

Então Basara de repente fez uma simples pergunta.

"Onde está sua mãe? Ela virá mais tarde?"

A ideia de receber uma irmã mais nova, ainda mais duas irmãs lindas, o surpreendeu.

Mas, bem, Jin nunca disse que seria apenas uma.

No entanto, sua mãe, com quem Jin iria se casar, estava ausente, o que fez esse encontro não ter sentindo.

"Ah sim, isso me lembra que não te disse..."

Jin disse.

"A mãe delas, Chihaya-san, está atualmente no exterior, viajando à trabalho."

".............Hã?"

Espere um momento. O que o pai dele disso agora a pouco? Tão ruim quanto parecia, a noiva estava atualmente no exterior?"

"...Aw... Pai, me empreste o seu ouvido por um segundo."

Agarrando o braço de Jin, Basara moveu-se para um lugar onde suas vozes não alcançariam Mio e Maria - no canto do corredor.

Basara cruzou os braços e bateu com o dedo indicador da mão direita em seu braço esquerdo.

"Mh? Ei- Você disse que queria uma irmã mais nova, certo? Essa?"

"O quão longe você vai voltar? Eu estava me referindo sobre sua nova esposa estar no exterior!"

"Então você ouviu isso, afinal. Então, o que tem?"

"É estranho! Que em uma reunião para um novo casamento ela não tenha aparecido!"

Ainda mais quando eram elas que queriam o encontro o mais rápido possível. Ele não estava querendo culpá-la por estar em uma viagem de negócios, mas um encontro sem ela não fazia sentido. Na verdade,

"Espero que eu esteja errado, mas... você não está sendo enganado, está?"

"Haha. Não, não se preocupe. Além disso, você realmente acha que eu poderia ser enganado?"

Certamente. Ele é o tipo que enganaria, não o contrário. Esse pai enganador.
"Mas-- poderíamos ter feito esse encontro quando ela estivesse de volta..."

"Eu acredito que há um motivo para nos apressarmos."

Jin mudou sua expressão de sorriso para uma mais séria.

"Basara... Agora que viu as duas, o que acha?"

"O que você está perguntando... Bem, bonitas, eu acho."

De qualquer forma, ele pensou que elas eram algum tipo de idols quando as viu pela primeira vez. Então...

...Um motivo para nos apressarmos, hum...

A julgar pela conversa, Basara finalmente chegou a entender esse motivo.A ideia de um novo casamento significava que elas eram uma família de apenas mãe e filhas. E que a mãe estava atualmente no exterior em uma longa viagem de negócios.

"Tenho certeza de que um pai se preocuparia se essas duas fossem deixadas sozinhas... Isso é um motivo?"

"Sim. Na verdade, as duas parecem estar sob ataque de uma pessoa suspeita. Para começar, quando as encontrei pela primeira vez na cidade, um cara estranho estava mexendo com elas. Além disso, parece haver também um stalker persistente."

"Sério..."

O mundo com certeza é perigoso, mas e pensar que havia tais infortúnios. Esse com certeza é um assunto premente. A polícia não intervém em assuntos pessoais. Eles não se moveriam até que algo aconteça, o que já seria tarde demais.

"Ouvi dizer que Maria-chan parou de ir à escola por causa desse stalker. Para aqueles que querem ir para a escola, basta irem. Mas para aqueles que não podem, é doloroso. Mesmo que ela esteja radiando sorrisos agora."

Jin disse.

"Bem, por essas razões, eu gostaria que começássemos a viver juntos logo, se você não tiver objeções. Dizem também que recasamento é mais como trabalhar fora se cada um se conhece bem de antemão."

"Você quer dizer tomar conta delas temporariamente e ver se é possível vivermos juntos como uma família?"

"Isso é algum tipo de destino. Se podemos protegê-las, você gostaria de tentar, certo?"

Às palavras de Jin, Basara ficou em silêncio. Era um silêncio de afirmação. E-

...Mh?

De repente, ele fez contato visual com Mio, que estava do outro lado. Como se a atitude contundente anterior tivesse sido uma mentira, ela possuía uma expressão preocupada. Basara estreitou os olhos e perguntou ao Jin que estava ao seu lado.

"—Por quanto tempo?"

"Para começar, um ano. Podemos acabar descobrindo que somos totalmente incompatíveis para vivermos juntos e chegar a uma conclusão sobre o casamento, mas— Elas só voltarão a viver sozinhas quando tiverem um certo nível de segurança garantido. Após ouvir tudo isso, eu não seria capaz de dormir a noite quando sei que algo poderia ter acontecido com elas."

Ele tinha razão. Quando a mãe delas voltasse daqui um ano e fosse hora de decidir o casamento, tudo iria por água a baixo se algo houvesse acontecido com Mio ou Maria.

Mais importante, mesmo Basara não queria que Mio ou Maria sofressem.

"Mas onde é que nós vamos morar? Nossa casa não tem nenhum quarto sobrando."

"Vamos alugar uma adequada. Eu já estou com os olhos em uma. Devemos criar um ambiente o mais próximo possível de uma família, já que estamos tentando descobrir se somos compatíveis. E isso vai acelerar as coisas se nos casarmos."

"...Será que essas duas sabem sobre vivermos juntos?"

"Sim. Elas ficariam felizes com isso, se você concordar."

Pelas palavras de Jin, Basara permaneceu quieto por um tempo. Mas, em seguida, ele murmurou devagar.

"...Tudo bem. É algo que você decidiu, pai. Então tudo bem pra mim."

Ele não estava sendo descuidado com isso. Era seus verdadeiros sentimentos.

"Entendo. Desculpe por não ter te dito nada e feito do meu jeito."

"Tudo bem. Você deve ter seus motivos para ter feito isso."

Ele apenas deveria ter dito tudo a ele já que pode contar com ele.

Ele e Jin são pai e filho do mesmo sangue, mas a confiança um no outro vai muito além disso.

Desde o dia em que Basara causou aquele problema— o dia em que ele largou tudo para protegê-lo.

"Vamos voltar, pai... Ou elas ficarão preocupadas."

Dizendo isso, Basara voltou para a mesa com Jin. Quando sentaram-se em seus lugares,

"...Uh- Uhm,"

com um tom tímido, Maria tentou confirmar o estado do assunto.
"Ah, desculpe... Apenas uma conversa entre homens."

"Ele fez uma cara tão séria que me perguntei o que aconteceria, mas então ele disse 'Essas duas são tão lindas que eu não consigo segurar minha excitação'. Nossa, meninos na puberdade com certeza tem bastante tesão."

"Hahaha. Pai, vai ter troco."

Um troco com punhos à noite. Apenas ele e seu pai.
E então, à Mio, que parecia preocupada assim como Maria,

"Eu fiquei surpreso com tudo que ouvi ontem... Mas, tudo bem agora."

Basara disse.

"Até que sua mãe volte, até lá, não saberemos se o casamento dará certo... Eu acho que é uma boa ideia tentarmos viver juntos como uma família ao invés de um casamento repentino. Vamos ir conhecendo um ao outro devagar."

"...Sério?"

Mio perguntou inquieta após Basara ter assentido com um "Sim".

"Somos uma família de homens, então ter garotas por perto realmente ajuda... Certo, pai?"

"Certo. Além do mais, eu sempre quis uma filha bonita. Basara também sempre me incomodava por querer uma irmã mais nova. Então não se segurem, vocês duas."

"Obrigada." "Yay, por favor, cuidem bem de nós."

Mio e Maria rapidamente abaixaram suas cabeças. E então-

"Muito bem então, tome conta de mim, Basara-kun."

Enquanto levantava a cabeça, Mio deu um sorriso irônico.

"Mas, se acontecer de você entrar no banheiro novamente, eu o matarei uma centena de vezes."

"...Ok."

Os olhos dela estavam sérios. Quando a expressão de Basara enrijeceu-se, Jin disse resumindo.

"Certo... Vamos conviver como família a partir de agora."

Essa declaração feita com um sorriso era o início de um novo estilo de vida.

"Problemas podem surgir, mas vamos ser felizes juntos."

Portanto, embora haja probabilidades de um futuro sombrio acabar acontecendo, o clima ainda era pacífico.

O mesmo poderia ser dito para o cotidiano de Toujou Basara—e para o mundo.

 Este Capitulo foi traduzido Pelo Grupo Mundo das Light Novel 
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